segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Ruínas do Porto na década de 1970

 Fotos que mostram os casarões do Porto de São Mateus em ruínas no início da década de1970.







Processo de tombamento do Porto de São Mateus





Mapa da Comarca de São Mateus em 1912


Mapa da Comarca de São Mateus em 1912.

Foto: construção da Ponte Roberto Arnizant Silvares

Foto que mostra a construção da Ponte Roberto Silvares sobre o Rio Mariricu, que liga Guriri ao Continente.


A primeira ponte de Guriri

Fotos que registram a construção e a inauguração (última foto) da primeira ponte sobre o Rio Mariricu, ligando a ilha de Guriri ao continente. Esta ponte foi construída no início dos anos 50 e teve vida curta, pois foi derrubada em uma grande enchente. 




sábado, 13 de janeiro de 2018

Foto: Ruinas do porto.


Fotografia sem data dos casarões do porto em ruínas antes da restauração.

Foto: antiga farmácia de Roberto Silvares e a Pensão Nardoto


Fotografia da década de 70 onde vemos a antiga farmácia de Dr. Roberto Silvares a esquerda e a direita a antiga Pensão Nardoto.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Bloco carnavalesco na Praça São Benedito

Registro fotográfico de um bloco carnavalesco na Praça de São Benedito no ano de 1951.


Mofofô e a primeira lotação entre São Mateus e Colatina

Em 1948, Heitor Alencar, um madeireiro de Colatina, iniciou o transporte coletivo de passageiros entre Colatina e São Mateus, passando por São Gabriel da Palha e Nova Venécia, na época uma lotação (perua). No trajeto para Nova Venécia, passavam pelo córrego Sabiá de baixo, onde moravam as famílias Dalfior e Pedruzzi. Ali morava também o “Mofofô”.

Naquele tempo, eram três os responsáveis pelos serviços no veículo de transporte dos passageiros:
-  O motorista (“chofé”);
-  O trocador (também chamado “condutor”);
- O bagageiro (encarregado de acomodar as bagagens sobre o ônibus).

Mofofô era o homem das bagagens. Homem, ou quase homem. Baixinho, magrelo, feio. Tinha de nascença uns olhos que quase não se abriam. Parecia um china mal feito. Parecia um Mofofô, um gongolo sem olho que dá no pau podre. O pessoal gritava: “Abre os zói Mofofô!”. Usava óculos escuros pra disfarçar. No tempo das chuvas, era o primeiro a arregaçar as mangas da camisa e raspar o barro para desatolar o carro. Amigo de todo mundo, batia no teto da perua para que parasse e atendesse alguém à beira da estrada. Nem sempre era um passageiro, mas alguém encomendando um remédio ou querosene.

Muitos anos depois, foi encontrado pelas ruas de Colatina, vivendo modestamente, como sempre. Andava arrastando os pés, levantando sempre mais a cabeça para conseguir ver os objetos à sua frente. Passava devagar. Caminho que era a continuação de tantos outros percorridos no passado; ele ainda habita no cantinho da memória dos antigos moradores da linha pioneira; Mofofô é imortal.


A perua com Mofofô a esquerda.

OBS: Com a colaboração de Altair Malacarne.

A Ferrovia São Mateus x Nova Venécia

No dia 23 de maio de 1895 foi celebrado um contrato entre o governo do estado e os Senhores Dr. Antônio Gomes Sodré e Antônio Rodrigues da Cunha (Barão de Aymorés) para a construção de uma ferrovia ligando São Mateus a Colatina. A obra foi iniciada mais não chegou a ser concluída. A péssima situação financeira que se encontrava o Governo do Estado fez com que, ao assumir o governo, Dr. Constante Gomes Sodré, entre outras medidas para cortar gastos públicos, reduzisse a extensão total da ferrovia para 40 km. Nessa época chegou-se a construir 25 km de leito, mas os serviços logo foram paralisados. Esse leito passou a ser utilizado, durante duas décadas, como estrada pública.

Somente em 1921, durante o governo do Coronel Nestor Gomes, é que se firmaram as bases para a consecução da obra. A retomada das obras de construção da ferrovia se deu no dia 5 de novembro do mesmo ano, sob a administração dos Drs. Joaquim Teixeira da Silva Jr. e Hermes Carneiro. Em 1923 foi criado o Serviço Autônomo da Estrada de Ferro São Mateus. Foram nomeados para a direção desse serviço Henrique Ayres, diretor-gerente e Alziro Vianna, diretor-secretário. Em março de 1923, quando Alziro assumiu a Secretária da Fazenda, a obra já havia atingido o km 40 e o assentamento de trilhos esperava no km 4 que a ponte sobre o Córrego do Bamburral fosse concluída.

Henrique Ayres, achando-se sozinho, deu prosseguimento à obra. Sob sua administração foram concluídas e inauguradas, sucessivamente, as estações de São Mateus, no km 0, Santa Leocádia, no km 23 e Nestor Gomes, no km 41. Na mesma época também foram inauguradas as paradas de João Bento, no km 18, Santo Antônio, no km 30 e Constantino Mota, no km 36. Somente em maio de 1929, sob o governo de Aristeu Borges de Aguiar, é que a estação de Nova Venécia, no km 68, foi inaugurada. Seis maquinas, uma das quais construída em São Mateus, foram postas a disposição dos usuários do novo transporte, sendo estas, utilizadas a partir de então, para o transporte de cargas e pessoas.

A necessidade de mão de obra especializada fez com que vários técnicos viessem para São Mateus. Aqui também foram contratados vários funcionários, alguns desses para trabalhar no escritório do Serviço da Estrada de Ferro São Mateus, instalado em um casarão do governo do estado, na Rua Barão dos Amores, centro da cidade.

Esse serviço foi de grande importância para o desenvolvimento dos municípios, principalmente para as regiões colonizadas por italianos, como Santa Leocádia, Nestor Gomes, Rio Preto e Nova Venécia, cortadas pela ferrovia, que serviu o municio por 20 anos. A desativação da Estrada de Ferro São Mateus se deu no inicio da década de 1940, durante a administração do prefeito Otto de Oliveira Neves, quando o governo estadual determinou que fossem extintas todas as ferrovias de bitola fina. O estado era então governado pelo Major João Punaro Bley.

Os trilhos e maquinas foram vendidos pelo governo estadual no dia 4 de novembro de 1941. O dinheiro arrecadado foi utilizado para a construção da caixa d’água que encontra-se próximo ao Museu Histórico Municipal. Quanto ao leito da estrada, foi feita adequação e passou a ser utilizado como rodovia, que atualmente é a Rodovia Miguel Cury Carneiro, que liga São Mateus a Nova Venécia.

Mapa da ferrovia em sua extensão máxima.

Panfleto com os valores das passagens.

Derrubada da mata para instalação da ferrovia.

Derrubada da mata para instalação da ferrovia.

Trilhos sendo assentados no Córrego do Bamburral, KM 4 da ferrovia.

O trem, dirigindo-se ao Porto de São Mateus carregado de toras de madeira.

O trem chegando ao Porto de São Mateus transportando passageiros.

O trem sobre a ponte do Córrego Bamburral.

O Trole sobre a ponte do Córrego Tapuio, aproximadamente do KM 50 da ferrovia.

Estação do KM 23.

Estação do KM 41, onde os passageiros paravam para almoçar.

Casa do Engenheiro da ferrovia.

 Ponte Florentino Avidos em Colatina em fase de construção. Essa ponte jamais cumpriu o seu propósito, que era de receber a ferrovia, sendo então adaptada para a passagem de automóveis.




segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A Serraria de Lolô Cunha

Em sua Serraria no KM 47, Eleosippo Cunha processava a madeira que exportava para o Rio de Janeiro, onde possuía uma grande área junto ao porto daquela cidade.


A Capelinha de Guriri

A Capela de Guriri (Também conhecida por Capela de Nossa Senhora dos Navegantes e por Capela de Iemanjá) foi fundada em 1975, pelas famílias Bonomo e Cordeiro e foi dedicada ao culto à Iemanjá, rainha do mar, protetora dos marinheiros, dos pescadores e da família, no culto do Candomblé. Sua imagem no culto e tradições Católicas é representada por Nossa Senhora dos Navegantes.

Ao passar dos tempos, os fundadores dessa Capela se converteram ao Catolicismo e essa foi abandonada.

Em 2002, a comunidade Católica, do Bairro de Guriri, iniciou um trabalho de restauração e todos os dias às 18 horas seu sino toca, chamando os fiéis para orar e pedir bênçãos à Nossa Senhora dos Navegantes, ou para festejar aniversários de crianças pobres da região.

A Capela antes da restauração:


Após as obras de restauração e ampliação:





Ruínas da Pensão Nardoto

Imagem das Ruínas da antiga Pensão Nardoto, localizada no Porto de São Mateus, na esquina da Rua do Comércio com a Ladeira de São Benedito. Não foi possível levantar a data da fotografia.


O mesmo prédio atualmente, reformado para abrigar o museu África Brasil.


A Serraria Cacique

A Serraria Cacique começou a funcionar em 1938, processando madeiras que eram exportadas para o Rio de Janeiro. Tempos depois foram instaladas modernas máquinas que fabricavam aglomerados (compensado) e peças para móveis (cadeiras, mesas e guarda roupas), que eram montados na Cacique do Rio de Janeiro, na Rua Dona Romana, 516, no Meyer. As madeiras mais utilizadas na fabricação de compensados e móveis eram o Jequitibá, a Peroba e, em menor escala, o Cedro.

A razão social inicialmente era Serraria São José, que depois passou a ser Fábrica de Móveis Cacique S/A.

Nesta imagem, temos a Serraria Cacique, que ficava à margem do Rio Cricaré, no Bairro Cacique (que tem este nome por causa da Serraria).


Nesta outra imagem temos Pedro Salustiano, ex funcionário da Serraria que trabalhava com a colagem das finas chapas de madeira que compunham as chapas de compensado 



A Serraria Parket

Na década de 1950, o alemão Willy Thowarth instalou uma grande serraria em São Mateus, a Parket S/A, especializada na fabricação de parquets (pequenos tacos formando desenhos geométricos, fixados em papelões como as pastilhas cerâmicas). Grande parte dos parquets assentados nos pisos dos palácios governamentais de Brasília foram produzidos nessa serraria.

Willy era procurador de uma família alemã e administrava a serraria e outros bens, como o Cine Vithor e o Clube Danúbio.

Na imagem temos Willy em frente à Serraria, que ficava localizada no Bairro Boa Vista, atrás do depósito da Coca Cola.


sábado, 6 de janeiro de 2018

Roberto Silvares, o médico dos pobres

Nascido em São Mateus, Espírito Santo, em data incerta, filho do também farmacêutico Américo Silvares e da Senhora Rita Arnizaut Silvares, formou-se pela Faculdade de Farmácia de Juiz de Fora, Minas Gerais.

Realizou um trabalho social-comunitário, atendendo a todos que o procuravam com a mesma dedicação, sendo reconhecido como benfeitor da cidade. Muitos remédios receitados aos pacientes eram manipulados pelo por si próprio, podendo ser listados: xaropes, poções, depurativos, unguentos, vermífugos e outros.

Era muito querido pelos mais humildes, mediante sua forte junto as camadas mais populares. Realizou partos, consultas, pequenas cirurgias e exames cadavéricos, atividades essas que o fezeram ficar conhecido como médico dos pobres.

Fundou a Pharmácia Roberto Arnizaut Silvares no ano de 1937, num belo sobrado na Ladeira São Benedito, no Porto de São Mateus. Possuía também uma farmácia no km 47, na rodovia que liga São Mateus ao município de Nova Venécia, no Distrito de Nestor Gomes.

Ingressou na carreira política, tendo sido vereador de São Mateus por três mandatos. Também foi deputado Estadual do Espírito Santo, no período de 1947 a 1950.

Foi prefeito de São Mateus por dois mandatos. No primeiro, entre 01 de fevereirode 1955 até 31 de dezembro de 1959, foi responsável pelo aterro da estrada do Nativo, ampliação e iluminação do Cemitério de São Mateus, construção do necrotério, construção da rua Arlindo Sodré. Também nesse período, conseguiu elaborar o Plano Diretor Urbano da cidade, onde constava a abertura de grandes avenidas como a Jones dos Santos Neves e a José Tozzi.

Seu segundo mandato durou de 08 de fevereiro de 1963 até 07 de março de 1965. Neste mandato passou por uma grande crise política que culminou com o seu afastamento.

Nas fotos temos o prédio da antiga farmácia do porto e um retrato de Dr. Roberto Silvares.



Hotel Peçanha

Registro fotográfico do antigo Hotel Peçanha, à época, situado na Praça de São Benedito em São Mateus.


Ceim Carmelina Rios

Foto do primeiro prédio do Ceim Carmelina Rios de São Mateus. A data não foi possível levantar.


Reforma do Casario do Porto

Registro fotográfico da reforma dos Casarões do Porto de São Mateus no biênio 1997/1998.










GRUMATA

O GRUMATA (Grupo Mateense de Teatro Amador) foi uma um grupo de artes cênicas da cidade de São Mateus que existiu na segunda metade do século XX, sendo um dos pioneiros do município.

Venceram o Festival de Teatro Amador de  Vitória em 1980 com a peça “Os Palhaços Não Podem Morrer” se apresentando no Teatro Carlos Gomes, com os atores Euclides Rampineli Filho e Antônio Eduardo Barbosa, tendo ainda Cecitônio Coelho como cantor e trompetista. A peça se passava no picadeiro de um circo, com bandinha executando marchinhas tradicionais, com flauta, violão, guitarra, contrabaixo, trompete, trombone, bateria e voz. 

A galeria de fotos a baixo mostra cenas da peça "O Médico à Força" e seus bastidores em meados da década de 1970.